sábado, 22 de outubro de 2011




Olhando tudo à minha volta, me peguei observando atentamente os pares. Pares de amigos fazendo palhaçadas só para terem comentários no próximo encontro. Pares de casais desfrutando sua paixão. Pares de plantas enfeitando vasos. Pares de cores formando desenhos em quadros. Pares de cães passeando e brincando com seus donos. Pares. Encaixes que, unidos, se completam. Tudo nessa vida era par. Pensar nisso fez minha cabeça girar. Me encolhi e encostei a cabeça entre os joelhos sentindo vertigem e um aperto agudo no fundo do peito e tive uma súbita e arrebatadora vontade de sumir. Queria sumir para os confins da terra e ficar o resto da vida por lá. Queria sumir com essa vontade de sumir sabendo que ninguém tentaria me encontrar. Queria sumir porque doía demais essa sensação de que não tinha e não era de ninguém. Doía enxergar que entre tantos pares, eu era ímpar.

Fingimos



  Hoje eu parei pra pensar em nossa relação, de como eu finjo que te amo e você finge que é frio, mas eu sei, eu sei que você conta as horas pra me ver, e eu, talvez eu não ligue muito para as horas, eu sei que quando eu abro os olhos enquanto nos beijamos, você parece não está no mundo real, que quando eu digo da boca pra fora que te amo e você fingi não ouvir, seus olhos brilham. Garoto, eu não sei porque agimos assim,eu acho que você tem medo,medo de assumir que me ama, e eu tenho medo de confessar a minha falta de sentimentos, fingimos, e fingimos muito mal, mas não somos fortes o suficiente para tirar as máscaras que usamos, eu sei que um dia as máscaras vão cair, mas até lá, até lá vamos continuar fingindo, vamos continuar fingindo ser o casal da menininha apaixonada e o menino nem ai.

Um flerte Irracional




Um flerte Irracional
Minha verdade se dissolve
e insossa, perde o vigor de certeza.
Baila em corda bamba
que se estende entre sim e o não.

O gesso que fere o movimento,
estilhaça-se ao chão,
escorrendo pelos vãos
dos meus subjetivos pensamentos,
a flertar um entendimento pré-socrático.

Certezas são poesias sem belezas:
O pequeno feixe de luz
que cega e aliena a cabeça
a um clarão de uma única estrela,
que se perde nas constelações
de infinitas constelações.

O tempo




O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que tem medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Minha BFF não quer mais ser minha amiga!


Amigo é tudo nessa vida e ficamos sem chão quando nossa melhor amiga resolve se afastar. A M. conta o que aconteceu com ela:
“Minha vida está de cabeça pra baixo! Minha BFF começou a ficar amiga da menina que eu mais odeio e, do nada, me disse que sou falsa, ignorante e grossa. Disse também que não me aguenta mais e que não quer mais conversar comigo. Não consigo entender essas atitudes, eu não fiz NADA para merecer isso.”
Nossa, que difícil essa situação! Como que alguém que se dizia sua melhor amiga pode começar a agir dessa maneira de uma hora para outra? É no mínimo esquisito.
Na minha opinião, existem duas opções. A primeira é que ela não era realmente sua amiga. Triste! Essa é uma das piores descobertas que se pode fazer, mas, infelizmente é mais comum do que a gente imagina.
Para tentar evitar decepções como essa, vale a mesma regrinha que a gente aplica aos garotos: o que importa são as atitudes. Para considerar alguém como sua melhor amiga não basta que a garota seja gente boa, ela tem que ser alguém que fica feliz quando você está feliz, que se faz presente quando você precisa de apoio, que gosta de fazer coisas junto com você e, principalmente, alguém que NUNCA te humilha nem maltrata.
Ah! E amizades verdadeiras também demoram um certo tempo a serem construídas. Eu não acredito em “amizades relâmpago”.
Bom, se for isso mesmo, o negócio é se conformar e ficar o mais longe possível dessa garota. Ela simplesmente não vale a pena. Você será muito mais feliz buscando novas amizades.
Agora, vamos à minha segunda hipótese: e se ela tiver razão? Não tô aqui concordando com o que ela disse, mas estou pensando que talvez você tenha feito alguma coisa que a magoou. Será?
É muito normal a gente dar umas pisadas de bola sem perceber com as pessoas de quem somos mais próximas. Ficamos tão relaxadas e à vontade que, às vezes, sem querer, acabamos fazendo alguma coisa grave e nem nos damos conta. Ou achamos que a amizade é tão forte que tudo pode ser relevado.
Por isso, vale se esforçar para lembrar de alguma coisa que você fez que pode ter causado tudo isso. Talvez tenha sido uma brincadeira infeliz, uma palavra mal colocada, um segredo dela que você deixou escapar…
Se você descobrir alguma coisa, chame sua amiga para uma conversa e peça sinceras desculpas. Mas também diga que da próxima vez ela não precisa reagir de maneira tão agressiva. Conversar e abrir o jogo é sempre melhor.